Por Rodrigo Queiroz
Estou gestando a pequena Ísis, bem, na realidade minha esposa. Acontece que com o homem a gestação se processa, não no corpo e talvez de modo bastante contemplativo.
Tenho observado o corpo da minha mulher mudar diariamente, vejo ela ganhando novas curvas, novas dimensões, nova forma e ficando cada vez mais linda. Uma aura luminosa toma conta de sua nova beleza e a mantém imantada para realizar neste plano da vida algo que penso ser mais sublime, mais incrível e misterioso, que é gerar um filho.
Ela sente os movimentos do bebê de dentro pra fora, eu somente leves ondulações do lado de fora.
Fico imaginando lá dentro…
Sinto e digo a ela, que dá uma inveja gostosa desta particularidade da mulher. Ter um ser se desenvolvendo, crescendo, descobrindo os órgãos da mãe como seus primeiros mobiles, deve ser incrível, imagino…
Gerar é fomentar a vida, é concretizar a esperança em dias melhores, um mundo melhor.
É desenvolver um sentimento incondicional, visceral, filho é carne da carne, sangue do sangue, se você não tem filho, só consegue imaginar, jamais sentir o que estou dizendo.
E ali, no ventre da minha amada, enquanto ela gera nada mais, nada menos que um ser, eu aqui estou gestante de mais um novo coração, todo dedicado a acolher esta linda filha, que é mais um fruto do amor, da união e da vontade de escrever uma história de vida linda.
Este período de contemplação e sentimentos mais puros a flor da pele me faz sentir mais perto de Deus, penso que Ele fica mais próximo de nós enquanto gestamos, talvez seja a esperança Dele em nós também.
Ela, minha linda gestate, passa a manifestar uma qualidade genuína de Deus, que é animar de vida uma nova vida.
Deus abençoe-nos!