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Nana, nenê!

Acabo de colocar a Sol, minha filha caçula para dormir. Normalmente quem o faz é a More (Thaís), mas hoje ela está vencida por uma gripe. Então vesti a pequena, escovei os dentes, talquinho e apaga tudo vamos “nanar”.
Claro que a espuleta não aceito de pronto, então brincamos com as estrelas colados no teto (adesivos fluorescentes), daí comecei a assobiar várias vezes meu imenso repertório de 3  músicas infantis decoradas (boi da cara preta, se essa rua fosse minha e cai cai balão) [risos]. Ela ficou quieta, mas imagino que sentiu saudade da mãe, afinal a mãe sabe cantar o repertório dos Xuxa para Baixinhos 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10…
Mas enquanto eu assobiava fui percebendo sua respiração acalmar, ficar profunda mas os olhos continuavam estalados, mais um pouco aconchegou-se nos meus braços, me abraçou e no deleite do seu carinho senti uma gratidão profunda pela vida, por tê-la agora nos meus braços.
Continuei assobiando e meu pensamento correu para seu irmão, Luã, pois é, ele mora com a mãe, então ficamos juntos quinzenalmente e… bem… vivo com constante saudade, quem não mora com seu filho, sabe do que estou falando…
Então sentindo a Sol no meu peito, respirando fundo comecei a pensar no futuro possível destes filhotes, também me corrigi que não cabe a mim escolhas, mas hoje me cabe o cuidado, a tutela, a direção, os princípios… Me cabe ou me transborda o amor. A More tem usado uma frase que define muita coisa agora “filho é o amor feito visível”, sim é!
Percebi também que de tanto se preocupar com o futuro, com coisas que Pai pensa, e só quem é pai entende o que estou falando, coisas que mãe não entende, bem… não vou entrar neste mérito. O fato é que senti como é impagável e sempre inédito o que podemos sentir com a sensação da cabeça do filho pesando no seu peito a medida que vai se entregando ao sono e confiante da sua proteção, rende-se ao mais justo sono dos puros, o sono recarregador, o sono que ensina, pois é, é durante o sono que as crianças processam os aprendizados do dia. Muito diferente de nós adultos que durante o sono procuramos esquecer coisas, buscamos a fuga ou tão simplesmente descansar, o que não significa recompor.
Amanhã você minha filha, acordará brilhante como o Sol, você Sol irradia nossas vidas de energia, de esperança e de pureza.
Obrigado por estar entre nós, eu, mamãe e seu irmão herói, Luã, somos muito melhores com você.
Foi neste “turbilhão” de sentimentos e emoções, com a música Só Agora da Pitty na cabeça, “…deixa eu ninar você, adorar você, agora só agora, porque um dia eu sei, vou ter que deixá-la ir… que mais posso fazer, só te olhar dormir, agora só agora…”
Durma filhota, nana nene… boa noite!

Papai

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